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Unoeste Jaú celebra o Dia Internacional da Enfermagem

Celebração contou com ciclo de palestras, entrega de brindes e um coffee break comemorativo


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Foto: Thais Gonçalves Unoeste Jaú celebra o Dia Internacional da Enfermagem
A ação contou com um painel de enfermeiros das mais diversas frentes, onde debateram o tema “A enfermagem no contexto da pandemia em Jaú”

A Unoeste campus Jaú realizou nesta semana um evento em comemoração ao Dia Internacional da Enfermagem, lembrado no dia 12 de maio. A ação contou com um painel de enfermeiros das mais diversas frentes, onde debateram o tema “A enfermagem no contexto da pandemia em Jaú”. No encerramento teve também sorteios de brindes e um coffee break comemorativo. O evento recebeu a primeira turma da Enfermagem e convidados.

Na bancada do debate estavam Ingrid Matos de Lima, enfermeira da Vigilância Epidemiológica; Anderson Augusto Nazzi, enfermeiro do Hospital Psiquiátrico Thereza Perlatti; Talita Campos Ferrari, coordenadora da enfermagem do SAMU; Karina Maisa Paquieli, enfermeira da Santa Casa e do Hospital de Campanha do Amaral Carvalho; Maria Amélia Gasparotto Cremasco, enfermeira supervisora das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva); e Mário Daniel de Lima, enfermeiro da UTI oncológica do Hospital Amaral Carvalho.

A abertura do evento no auditório 1 foi conduzida pelas professoras da Unoeste Dra. Amanda Creste Martins da Costa Ribeiro Risso, coordenadora administrativa da faculdade e coordenadora do curso de Enfermagem, e Rosemeire Simone Dellacrode Giovanazzi, responsável pelo Laboratório de Habilidade e Simulação (LHabSim) do campus Jaú.

A coordenadora abriu o evento explanando sobre a importância da área e de se ter uma boa formação profissional. “A enfermagem é a profissão que cuida da pessoa, e não da doença. O enfermeiro precisa se preocupar verdadeiramente com o paciente, prestar atenção às suas necessidades, ouvir, acolher e buscar o bem-estar do ser humano. Por isso, é essencial uma formação que valorize essa questão. Na Unoeste, além de toda infraestrutura física e pedagógica de excelência, a graduação tem como objetivo formar enfermeiros éticos, humanos e comprometidos com o bem-estar social”, disse.

Ingrid contou um pouco dos obstáculos enfrentados pela vigilância epidemiológica na pandemia. “É um desafio muito grande, pois é tudo novo. Temos que preparar o sistema de saúde e a própria população, sempre passando todas as orientações necessárias. O que acaba dificultando é que toda hora as orientações mudam e temos que repassar novamente para todos”. Ela enfatizou que apesar dos ataques que os profissionais da saúde vêm recebendo na imunização, a chegada da vacina foi o momento de muita alegria. “Quando ela chegou, eu chorei, mas de alegria”, revelou.

Foto: Thais Gonçalves A ação contou com um painel de enfermeiros das mais diversas frentes, onde debateram o tema “A enfermagem no contexto da pandemia em Jaú”
A ação contou com um painel de enfermeiros das mais diversas frentes, onde debateram o tema “A enfermagem no contexto da pandemia em Jaú”

Na sequência, Anderson falou sobre como está sendo a situação em um hospital psiquiátrico e da dificuldade em contratar uma equipe externa nesse cenário. “Como o paciente psiquiátrico é diferente do comum, é preciso ter um olhar clínico para tratá-lo, pois muitas vezes ele não fala o que sente, então o profissional, através da observação, precisa identificar. Tem também a questão desse paciente lidar de forma inesperada com as situações. Por isso, a primeira orientação aos profissionais que assumem essas vagas é sobre a importância da paramentação, para uma maior segurança tanto do profissional como do paciente”, frisou.

Em seguida, Talita relatou a sua experiência à frente do SAMU. “Foi um grande desafio coordenar a equipe devido ao psicológico dos funcionários nesse cenário. Para conseguir lidar com a situação focamos em estimular e motivar a equipe, mostrar para eles o quanto são importantes. Fizemos para medalhas de honra ao mérito, ações internas e também nas trocas de plantões reuníamos todos para uma oração. Até que todo mundo entendeu que ninguém estava bem, e que era normal não estar bem”.

Logo depois, Karina falou um pouco sobre como é o dia a dia de um Hospital de Campanha. “É muito difícil, pois o paciente confia na gente e ele espera que façamos algo para ele melhorar, mas esse vírus é algo novo e ele reage diferente em cada pessoa, então não sabemos ao certo o que falar para ele. De repente, o paciente chega com uma febre e em poucos dias já está precisando ir para a UTI”. Ela acrescentou a importância de treinar a equipe. “Nós, como enfermeiros, precisamos estar sempre buscando conhecimento e estimulando nossa equipe, pois os técnicos, são os olhos do enfermeiro e precisam estar sempre atualizados”.

Na vez da Maria Amélia, ela listou os desafios que tem enfrentado nas UTIs durante a pandemia. “Primeiramente precisamos acreditar que a doença existe; saber quais são os protocolos e medidas necessárias; montar a nossa equipe; trabalhar a nossa inteligência emocional; deixar de lado pensamentos negativos; aprender a lidar com o desespero da sua própria equipe diante de tanta incerteza; vivenciar pessoas conhecidas e colegas de profissão se contaminando e até perdendo a vida; conseguir se manter forte, mas acima de tudo, jamais perder a fé e a esperança”. Ela completa que a equipe é o retrato do enfermeiro. “O jeito que você chega no plantão a sua equipe fica também, por isso você precisa transmitir segurança para eles”.

Mário contou um pouco sobre o contexto em um hospital oncológico. “Nossa situação é muito delicada, porque além de tratar pacientes com Covid, nós tratamos paciente com covid e câncer. Todo cuidado é pouco. E a nossa demanda aumentou 80%, foi uma loucura, tivemos que nos reinventar, pois pouco sabíamos da doença”, explicou.

O enfermeiro falou também como foi contrair o vírus e virar paciente no local onde trabalha. “Quando fui diagnosticado, já me isolei para proteger minha mulher e filha. Quando os sintomas foram se agravando, muita tosse e falta de ar, eu fui sozinho para o hospital. Quase não consegui chegar”. Ele acrescentou que tem horas que ignorância é uma dádiva. “Quando chegava os exames e eu via os resultados, sabia que a coisa não estava boa, até que chegou o momento de eu pedir aos meus colegas para me entubarem, foi um momento muito difícil, mas eu não aguentava mais”.

Ele relatou que chegou a se despedir de várias pessoas, mas que felizmente, após quase 12 dias, conseguiu acordar. “Foi uma recuperação demorada, mas sou grato pela oportunidade de poder ter essa nova chance, rever minha família e meus colegas de profissão foi muito gratificante. Hoje, eu posso falar que venci a Covid. As pessoas me perguntam como eu ainda estou trabalhando na linha de frente, sendo que passei por tudo isso, mas é porque eu amo o que eu faço, a enfermagem é a minha vida”, disse.

Por fim, a professora Rosemeire Simone agradeceu aos convidados pela participação e aos alunos pela presença e concluiu falando sobre o poder da enfermagem em se reinventar. “O que podemos tirar de bom de tudo isso é ver que a profissão ganhou destaque, todo mundo viu o quanto ela é importante e faz a diferença. Vemos profissionais que amam o que fazem, que mesmo cansados, exaustos e com medo, continuam a sua missão, que é cuidar de pessoas. E ver também o quanto eles se adaptam as situações para exercer o seu dom”. 

Sobre a data

O Dia do Enfermeiro é comemorado em 12 de maio, data escolhida por ser o dia de nascimento da precursora da profissão, Florence Nightingale. A enfermeira britânica ficou famosa por ser pioneira no tratamento a feridos de guerra, e precursora na utilização do modelo biomédico, baseando-se na medicina praticada pelos médicos.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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