Conversas sobre carreira marcam Dia do Biomédico na Unoeste
Programação especial trouxe aos estudantes uma visão ampla da atuação biomédica, com debates sobre tecnologia, responsabilidade e novos horizontes Programação especial trouxe aos estudantes uma visão ampla da atuação biomédica, com debates sobre tecnologia, responsabilidade e novos horizontes
Na última quarta-feira (19), a comemoração pelo Dia do Biomédico ganhou espaço especial no auditório da Unoeste Guarujá, que recebeu uma roda de conversa com os doutores Thiago Medina, Lorrany Avanci e Luciana Pimentel. A proposta foi aproximar os estudantes de diferentes realidades da profissão e apresentar perspectivas que vão da bancada laboratorial à pesquisa avançada.
A coordenadora do curso, Dra. Adriana Pina, abriu o encontro destacando a relevância do momento para a vida acadêmica dos estudantes.
“É muito gratificante para mim estar aqui com esse auditório cheio. Até um tempo atrás, tínhamos apenas um termo. Tenho muito orgulho de vocês. São momentos importantes como esses que vocês devem guardar, é uma fase muito importante da nossa vida. Estamos aqui e temos que aproveitar as oportunidades”, ressaltou.
Trajetórias profissionais
Com duas décadas dedicadas às análises clínicas, Luciana Pimentel trouxe ao encontro uma reflexão sobre a dimensão humana da profissão. “Apesar de criarem essa ideia de que nós biomédicos não temos contato com o paciente, a profissão vai além da manipulação do tubo”, afirmou.
Segundo ela, o profissional precisa imaginar quem está por trás da amostra e compreender o impacto dos resultados. “Não é só um tubo, são vidas. Essas pessoas esperam esses resultados para saber quais medidas tomar. Muita coisa depende disso, e a responsabilidade é enorme”, explicou.
Atuando na indústria e na assessoria científica, Thiago Medina destacou a importância de dominar equipamentos e entender as causas de falhas operacionais, realidade frequente no cotidiano dos biomédicos.
Ele contou que 93% dos chamados técnicos que recebe envolvem erro operacional ou falta de compreensão dos processos. “É necessário você entender como a máquina funciona, quais são as bandeiradas que ela dá. Sempre chamo o biomédico para pensar comigo: o que pode estar acontecendo? Onde está o problema?”, relatou.
Segundo ele, a postura investigativa é essencial. “Nunca caiam no ‘me formei, está tudo bem’. Nosso ramo é muito volátil e muda a todo momento”, completou.
Representando a área acadêmica, Lorrany Avanci compartilhou o início de sua trajetória ainda na graduação. “Durante a faculdade eu fui convidada a fazer iniciação científica e me encontrei”, lembrou.
Atualmente doutoranda, Lorrany desenvolve estudos com cannabis. “No meu doutorado, eu estou fazendo experimentos com cannabis para ver os efeitos patológicos dos óleos nos órgãos”, explicou, destacando como a pesquisa amplia campos de atuação para o biomédico.
Construção de identidade
O encontro mostrou que a biomedicina oferece caminhos diversos, clínica, indústria, assessoria científica e pesquisa. Ao reunir essas três perspectivas, a roda de conversa aproximou os alunos da realidade da profissão e reforçou a importância de aproveitar cada oportunidade de formação.
Com auditório cheio e troca de experiências intensa, a comemoração do Dia do Biomédico consolidou-se como um momento de inspiração e pertencimento para os futuros profissionais da área.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste