Alunos de Agronomia conquistam bolsa de intercâmbio no Texas

Dois alunos do 5º termo de Agronomia da Unoeste, em Presidente Prudente, conseguiram bolsas de custeio total para estudarem durante 4 meses na Texas Tech University, nos Estados Unidos, por meio de um programa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A conquista, por meio de pesquisas voltadas ao cultivo de soja, também é um passo importante para a internacionalização do curso. 

Os selecionados foram Diogo Totti Silva e Luís Fernando de Paiva Lourenção, que tem trabalhos coordenados pela professora doutora Adriana Lima Moro, coordenadora do Centro de Estudos em Ecofisiologia Vegetal do Oeste Paulista (Cevop). 

“Novos pesquisadores com experiências ampliadas são cada vez mais requeridos e escassos. Os alunos Diogo e Luís sempre demonstraram apreço a ciência, com muita dedicação a atividades científicas. Aliado ao bom desenvolvimento da língua [inglês] e da parceria que foi estabelecida com a Texas Tech University, propomos um projeto audacioso e robusto, que visará no estudo de fenotipagem em campo usando um RC Car e o uso de Machine Learning na identificação de abortamento de estruturas reprodutivas em soja”, explica a professora. 

Projetos que trouxeram o resultado

Natural de Quatá (SP), será a primeira vez de Luís Fernando fora da América Latina. “Nós submetemos o projeto no dia 10 de março para a Fapesp, e o processo de aprovação foi extremamente rápido. Até surpreendeu! Por eu vir de uma família agricultora e ser filho de uma engenheira agrônoma, sempre tive contato com o cultivo da soja e outras culturas. Mas o sistema de cultivo no Texas é completamente diferente”, conta. 

O projeto que permitiu a bolsa chama-se "Respostas de diferentes cultivares de soja sob aplicação de melatonina e o uso de fenotipagem por imagem para contagem de flores e vagens", e tem uma abordagem importante envolvendo tecnologia. “Consiste em testar a resposta dos cultivares e utilizar um robô automatizado, com câmeras, para contabilizar o número dessas vagens e flores das plantas de soja”, explica. 

Já o estudo de Diogo selecionado para a Bolsa de Estágio e Pesquisa no Exterior (Bepe) tem foco na aplicação de uma biomolécula na soja para combater os efeitos das altas temperaturas nas plantações. “O trabalho por lá será para descobrir qual o momento melhor para sua aplicação a fim de mitigar os efeitos de estresses abióticos [aspectos físicos e químicos do meio ambiente, como temperatura, luz solar, entre outros]”, detalha. 

O estudante de Echaporã (SP) já conhecia os Estados Unidos, mas viajou apenas como lazer. “Será um novo desafio, pois ficarei bem mais tempo e com um objetivo diferente: a aprendizagem e o estudo”.

Processo de internacionalização

Segundo a professora e coordenadora do Cevop, esse intercâmbio faz parte da internacionalização do curso de Agronomia, como uma forma de levar ao mundo a força da agricultura do nosso país e crescer com as experiências que são aprendidas. 

“Ter excelência na formação tanto de forma endógena como sistêmica, com boas experiências, ajudam para que o novo profissional esteja altamente qualificado ao mercado de trabalho. Conexões além fronteiras territoriais são uma necessidade primordial no cenário atual de atuação profissional e, especialmente, na pesquisa científica”, diz Adriana. 

Ela ainda destaca a importância da instituição de ensino em que os alunos participarão do intercâmbio. “Segundo a Fapesp, a Texas Tech University tem excelente reputação em várias áreas do conhecimento. É a instituição líder do Sistema Tecnológico das Universidades de Texas, e com destaque para as Ciências Agrárias”.

Os últimos dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) em relação ao Conceito Preliminar de Curso (CPC), colocam a Agronomia da Unoeste como o melhor do Estado de São Paulo, entre instituições públicas e particulares, e também como o 2º melhor curso do Brasil.

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