Doutorando aprimora habilidades em pesquisa com aporte Capes

Estudos com argamassa em relação às propriedades mecânicas e acústicas consistiram em práticas laboratoriais que permitiram aprimorar habilidades em pesquisa do doutorando em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, Vitor Peixoto Klienchen. 

Pelo Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior (PDSE), ofertado pela Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes), ficou seis meses na Escola Politécnica de Zamora, da Universidade de Salamanca, na Espanha.

Teve outros ganhos além do aprimoramento, tais como falar e compreender melhor a língua espanhola; conhecer outra cultura, usos e costumes; ampliar a network que abriu as portas caso queira voltar para fazer pós-doutorado. 

Com orientação da engenheira de materiais Dra. María Natividad Antón Iglesias, coordenadora do Departamento de Construção e Agronomia, desenvolveu pesquisa cujos resultados foram apresentados oralmente na Jornada de Engenharia de Materiais. 

Ganho acadêmico e cultural 

Apresentação pública com as presenças de alunos, professores e convidados externos, incluindo autoridades. Avaliado por banca examinadora, Vitor obteve aprovação para receber certificado.

No 3º ano doutorado do Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional (PPGMadre), que deve finalizar no final deste ano, sua orientação é da professora doutora Ângela Mitie Otta Kinoshita.

A oportunidade do doutorado sanduíche surgiu em edital interno do programa, com Vitor sendo classificado para receber o benefício que possibilitou viver diferentes experiências, com tudo custeado pela Capes.

Durante a estada lá morou em apartamento com cinco pessoas de nacionalidades espanhola, argentina e colombiana. Na escola conviveu com estas e outras nações. Além dos espanhóis, a predominância era de colombianos, marroquinos e peruanos. 

Costume e tradição 

Uma das coisas que mais lhe impactou foi o costume e tradição da siesta, com o descanso na sexta hora após o primeiro dos dois períodos de trabalho que vai das 14h às 16h, quando praticamente tudo fecha. O segundo vai das 16h às 20h. 

Tem parada rápida para um cafezinho, às 11h. A qualidade dos produtos alimentícios também chamou a atenção de Vitor que citou o exemplo da carne de porco que é bem macia, por conta do abate mais cedo.

Em Zamora, a cidade onde ficou e que tem cerca de 60 mil habitantes, as pessoas têm o hábito de andar a pé para fazer tudo. Estilo de vida saudável facilitado pela ampla acessibilidade, inclusive para os idosos.

“Andar pelo mesmo caminho sempre parece estar em lugar diferente”, pontua para contar que os olhos são atraídos por estruturas arquitetônicas diversas. A segurança resulta em tranquilidade e às vezes que esqueceu o celular, voltava e estava no lugar.

Rede de colaborações 

Engenheiro civil egresso da Unoeste, Vitor fez na própria instituição a especialização em Infraestutura Rodoviária; mestrado em Ciência e Tecnologia de Materiais no campus da Unesp em Prudente, a Faculdade de Ciências e Tecnologia.

Depois do mestrado deu aulas e foi coordenador do curso Técnico em Edificação em instituição de ensino superior de Marília, retornando a Prudente e à Unoeste para fazer o doutorado na condição de bolsista Capes.

A Dra. Ângela conta que ao ser selecionado para o doutorado sanduiche, Vitor foi orientado para selecionar uma universidade diferente de alunos que foram anteriormente nas mesmas condições para a Espanha.

A orientação foi no sentido de ampliar a rede de colaborações em pesquisas e produções de artigos para publicações em periódicos científicos; contemplando requisitos de internacionalização da Capes. 

Foto: Cedida