Benefícios de terapia sobre doenças raras são compartilhados
Pesquisador do oeste paulista faz conferência em congresso envolvendo médicos, estudantes e residentes de infectologia

O 14º Congresso Paulista de Infectologia recebe contribuição de pesquisador do oeste paulista, sobre benefícios de terapia para pacientes de doenças raras, com a conferência “Benefícios da Terapia de Reposição de Imunoglobulina Subcutânea em Pacientes com Imunodeficiência Primária e Secundária".
No evento sexta-feira (30) em São Paulo, o tema foi conduzido pelo Dr. Luiz Euribel Prestes Carneiro, professor da Faculdade de Medicina da Unoeste e nos programas de pós-graduação em Ciências da Saúde e Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.
No congresso que contou com participantes de todo o Brasil - médicos, estudantes de medicina e residentes em infectologista – a abordagem foi sobre reposição subcutânea de imunoglobulinas.
Uma medicação essencial, especialmente, para portadores de certos tipos de imunodeficiências primárias também chamados de erros inatos da imunidade, em que as pessoas nascem com alterações principalmente na produção de anticorpos do tipo IgG.
Medicamentos eficazes
“Já nas imunodeficiências secundárias essa diminuição acontece ao longo da vida devido a um grande número de causas, cada vez mais crescentes”, explica o pesquisador para destacar as doenças onco-hematológicas.
Cita como exemplos os Linfomas não Hodgkin, a leucemia linfocítica crônica (LLC) e o mieloma múltiplo. “Muitas vezes, a própria doença já induz a diminuição na produção das imunoglobulinas (anticorpos)”, comenta.
Mas, diz que essa redução também acontece durante o tratamento dessas patologias com medicamentos cada vez mais eficazes e com menores efeitos adversos, que são os chamados imunobiológicos.
“Quando administrados, podem provocar uma grande queda de IgG, deixando o paciente vulnerável a múltiplos processos infecciosos, podendo inclusive levar a morte do paciente”, afirma e diz que a reposição salva vidas e melhora o prognóstico.
Hospital das Clínicas
“Tanto os erros inatos da imunidade quanto as imunodeficiências secundárias são consideradas doenças raras, consequentemente pouco diagnosticadas e mesmo ainda desconhecidas por parte dos médicos”, pontua.
O módulo contou ainda com a participação da Dra. Cristina Kokron, professora da Faculdade de Medicina e do Ambulatório de Imunodeficiências do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
O que ocorreu com o patrocínio da indústria farmacêutica Takeda, que no Brasil fornece nova formulação na reposição de imunoglobulinas, de via subcutânea e disponível somente na rede privada.
Conforme o Dr. Euribel a nova formulação tem algumas vantagens sob a via endovenosa, especialmente em crianças, por produzir menores efeitos adversos, como as anafilaxias ou “alergias” mais comuns na forma endovenosa.
Ambulatório do HR
Em sua conferência, fez breve relato de como é feita a triagem para diagnóstico desses dois grupos de pacientes, do perfil dos pacientes atendidos no Ambulatório de Imunodeficiências do Hospital Regional.
Mesmo procedimento adotado pelos planos de saúde em Presidente Prudente, tem aderido a aplicação de imunoglobulina subcutânea com grandes vantagens ao paciente, o que não ocorre em outras regiões.
“É notório que graças a ação conjunta entre profissionais do HR e da rede privada, principalmente hematologistas, reumatologistas, nefrologistas, pediatras e dermatologistas, Prudente está se tornando um polo regional no diagnóstico e tratamento dessas doenças”, afirma.
“Como são doenças raras e pouco diagnosticadas, divulgar esses conhecimentos para outras especialidades como os infectologistas traz a classe um novo olhar que pode aumentar o número de pacientes diagnosticados”, comenta.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste