Baixista consagrado, Heitor Gomes celebra formação em Música
Ex-integrante das bandas Charlie Brown Jr. e CPM 22 participou de colação de grau em Presidente Prudente; após curso EAD, músico já pensa em pesquisas sobre técnica do pai, Chico Gomes

A música já trouxe muita história para a vida de Heitor Gomes, passando por família, profissão, descobertas, conquistas... Mas agora, ela também é formação. O baixista, que tem a vida marcada pelo trabalho nas bandas Charlie Brown Jr. e CPM 22, agora adicionou mais um item no seu currículo: a graduação em Música – e a vida acadêmica não deve parar por aí.
Heitor esteve em Presidente Prudente para a colação de grau, realizada na última quinta-feira (31), no Salão do Limoeiro. Natural de Santos, ele optou pela modalidade EAD pela praticidade dos estudos. As provas eram feitas no campus da Unoeste em Guarujá - e a conclusão deste curso representa a realização de um objetivo antigo.
“A minha busca pela formação em Música é uma realização de um sonho antigo, que eu tinha com meus 20 e poucos anos. Eu já estava preparado para fazer vestibular, quando acabei requisitado para tocar com essas grandes bandas, e fazer a minha história na cena principal da música no rock”, diz.
Pausa e movimento
A pandemia trouxe uma pausa na agenda de shows, mas também um intervalo na agenda que possibilitou o retorno àquele desejo da juventude. “Foi a oportunidade de voltar a estudar. Aí encontrei a Unoeste, uma universidade reconhecida, onde eu poderia realmente realizar esse sonho”, comenta.
Nesse intervalo entre o Heitor de “20 e poucos anos” e o Heitor de agora, o músico juntou muita bagagem: em 2010, foi vencedor do Grammy Latino durante sua passagem pelo Charlie Brown Jr, o que o projetou ainda mais como um dos melhores baixistas do país.
Fez shows em vários festivais e tem como referência a trajetória do pai, Chico Gomes, considerado um dos maiores baixistas solo do mundo. Foi com ele, um verdadeiro “cientista da música”, que aprendeu a técnica chamada “triplo domínio” (“two hand tapping”), que executa três funções simultaneamente: o baixo, a harmonia e a melodia.
A experiência com este “modo de fazer música” também permitiu que Heitor desenvolvesse o trabalho autoral “Gomes do 8”. Heitor já colecionava grandes títulos na música, mas sabia da importância do conhecimento.
“O que eu mais gostei do curso foi a questão dos professores, que são altamente qualificados. Professores que me mostraram uma excelência na arte de ensino e com experiência. Além das ferramentas tecnológicas e todo o acesso que eu tenho através do portal Aprender Unoeste, pelo qual eu fiquei encantado. Através do celular mesmo, você acessa todas as informações e fala com os professores”, explica.
Ele também destacou a estrutura da Unoeste em Guarujá. “Eu ficava encantado com toda a estrutura toda vez que eu tinha que ir pro polo, fazer prova e realizar atividades”, comenta.
Novos projetos
A colação de grau fechou mais esse ciclo na vida de Heitor. Nas palavras dele, foi um momento de muita emoção, em que carregou no peito um colar com a foto e as memórias dele com a mãe (já falecida).
Quando um ciclo termina, outro começa. Com o fim da graduação, a carreira profissional tem pela frente lançamentos com o rapper Filipe Ret e outros parceiros no Rio de Janeiro, além dos shows que celebram os 25 anos de carreira pelo Brasil. Mas a vida acadêmica também deve continuar.
“Eu penso em fazer uma pesquisa em cima da técnica que meu pai desenvolveu. Eu acho que eu vou conseguir dar sequência com isso para minha pós, meu mestrado e, possivelmente, meu doutorado”, conta Heitor.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste