Final do HackaTruck em Prudente tem projetos de “excelência”
Laboratório móvel, com apoio de grandes empresas de tecnologia, ficou por cerca de um mês no campus 2 da Unoeste e teve participação de 55 alunos

O último dia do HackaTruck MakerSpace na Unoeste, em Presidente Prudente, foi a oportunidade dos estudantes da Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp) mostrarem e defenderem o resultado do trabalho de cerca de um mês de aprendizado: aplicativos para dispositivos Apple projetados para facilitar a vida de diversos públicos – funcionalidades que, no futuro, podem sair da universidade e ganhar espaço no mercado.
Os seis grupos da tarde começaram as apresentações por volta das 13h desta sexta-feira (1º). Entre as temáticas, acessibilidade, finanças, gastronomia e agronegócio. Os estudantes fizeram um pitch – uma apresentação rápida sobre a solução que desenvolveram. A mesma atividade também será feita pela turma da noite.
A estudante Luane Kasprzak, do 4º termo de Sistemas de Informação, trabalhou em um app para o público com deficiência auditiva. A funcionalidade desenvolvida pelo grupo que ela integra pretende ajudar não só na comunicação tradicional por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras), mas também para a compreensão de gírias entre o público jovem.
“Também vai ser possível indicar espaços onde é possível interação dessas pessoas. Queremos fazer com que a comunicação seja ilimitada. Eu achei muito legal o HackaTruck, descobri uma linguagem totalmente nova [Swift, usada para programação em iOS] que eu nunca teria acesso”, comenta.
Também trabalhando com acessibilidade, José Vitor Vernize Martos, do 4º termo de Ciência da Computação, atuou com os colegas para criar uma aplicação que auxilie pessoas com deficiência visual a compreenderem mais os espaços físicos em que estão – isso com a ajuda da Inteligência Artificial.
“Fizemos um app com poucas telas, mas que conseguiu atender o objetivo principal. O HackaTruck trouxe uma nova coletânea de equipamento, infraestrutura e tecnologias que não tivemos antes. Isso contribui muito para o nosso currículo por todos os conteúdos que conseguimos absorver durante este período”, conta José.
Iniciativa celebrada
Tudo foi feito sob o olhar atento de convidados, que vieram trazer colaborações para os alunos aprimorarem ainda mais as propostas e investirem também no empreendedorismo. Estavam presentes a professora e gerente da Intepp (Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente), Fernanda Bagli, o professor da Fipp e secretário de Tecnologia de Presidente Prudente, Helton Sapia, e o diretor da Fundação Inova Prudente, José Pascoal Vernilo. O líder do Programa de P&D da IBM Brasil, Luís Flávio da Silva, também acompanhou este último dia.
Pela Fipp, compareceu o diretor da faculdade, Moacir del Trejo, e o coordenador da Fipp, Emerson Silas Doria. “A gente aproveita esse período de férias para essas atividades complementares. Isso amplia a oportunidade de busca de colocações no mercado de trabalho. Desenvolver aplicativos já é interessante, ter ampliado o conhecimento é muito bom, mas aprender a usar a linguagem Swift abre muitas portas”, disse Moacir.
Para o instrutor Gabriel Thomaz, que acompanhou os alunos durante toda essa jornada, o desempenho dos estudantes comprovou a qualidade do ensino e o empenho que todos tiveram para chegar até aqui. “Todos os desafios foram concluídos e estamos vendo projetos com excelência. A maioria deles envolve IoT, Machine Learning e Inteligência Artificial e eles podem desenvolver essas ideias em uma startup, por exemplo”, conta.
A concorrência foi grande: foram mais de 400 inscritos para disputar as vagas oferecidas para os alunos de Presidente Prudente. Depois da seleção, 55 concluíram as atividades em duas turmas: tarde e noite.
Os convidados para as apresentações destacaram a importância do desempenho de soluções inovadoras – principalmente na tecnologia. “Isso é fundamental para que os nossos alunos desenvolvam capacidades e competências para a resolução de problemas. A Unoeste tem incentivado a participação em eventos que possibilitam essa construção do conhecimento, a identificação de oportunidades na sociedade, a solução de problemas significativos e complexos”, diz Fernanda Bagli.
O secretário de Tecnologia de Presidente Prudente diz que o HackaTruck colabora com a cidade em vários aspectos, já que hoje, o município já tem um “ecossistema” voltado para a inovação.
“Os alunos entram em contato com novas tecnologias, aprendem a colocar em prática e isso traz benefícios para o município, que passa a ter essa nova tecnologia à disposição. Agradecemos a Unoeste por trazer esse projeto para a cidade”, disse.
Dentro desse “ecossistema”, está a Fundação Inova Prudente, que também presta apoio a muitos projetos tecnológicos. Para o diretor, o evento abre novas perspectivas aos alunos. “Isso com certeza vai gerar profissionais preparados para o mercado de tecnologia e inovação. A linguagem da Apple, que é um grande player, ainda tem muito a ser explorado”, afirma.
O projeto
O HackaTruck faz parte de projetos apoiados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A iniciativa é executada pelo Instituto de Pesquisas Eldorado, com coordenação da Softex, e tem como parceiros tecnológicos Cisco, Flex, IBM, em colaboração com a Apple. Também conta com importantes apoiadores que acreditam na ideia: Dremel, Epson, IBM SkillsBuild, Sethi 3D e Truckvan. Em Prudente, contou com a parceria da Unoeste.
O caminhão já visitou 93 instituições de ensino superior brasileiras e capacitou gratuitamente 13.979 alunos no seu curso à distância em Lógica de Programação, Orientação a Objetos e Fundamentos de Swift, 3.686 participantes em seu laboratório móvel e em atividades remotas, em temas como programação Swift para Plataforma iOS, práticas de Cloud Services, Serviços Cognitivos e Internet das Coisas, e proporcionou a criação de 743 protótipos de apps.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste