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Transtorno Obsessivo Compulsivo é debatido

Pessoas com histórico familiar do problema têm até cinco vezes mais chance de desenvolver a doença; evento integrou o Enapi


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Foto: Thiago Massuia Transtorno Obsessivo Compulsivo é debatido
Debate abordou temas como aspectos clínicos e diagnósticos, terapia comportamental e grupos de apoio a familiares
Foto: Thiago Massuia Transtorno Obsessivo Compulsivo é debatido
Público presente na mesa redonda sobre TOC foi composto por alunos, professores e profissionais da área


“As pessoas passam em média 17 anos para começar o tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)”. Essa foi uma das colocações feitas na mesa redonda “Transtorno Obsessivo Compulsivo: aspectos clínicos, terapia comportamental e grupo de apoio” realizada nesta quarta-feira (20) no XV Encontro Anual de Pesquisa Institucional e Iniciação Científica (Enapi), parte integrante do Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) da Unoeste.

O debate abordou temas como aspectos clínicos e diagnósticos do TOC, terapia comportamental e grupos de apoio a familiares e foi mediado pela professora mestre Deucy Maria Ferruzzi Sacchetin, da Unoeste. A mesa foi composta ainda pelas professoras e mestres Yara Garzuzi, do Ibrape e coordenadora do Grupo de Apoio da Astoc, Adriana Lopes Nogueira e Maria Luiza Guedes de Mesquita, da Fafem.

“Obsessões são ideias, frases, imagens que invadem os pensamentos das pessoas com TOC de forma persistente. Essas manifestações veem acompanhadas de uma sensação de desconforto e têm em resposta algum comportamento repetitivo, ou seja, as compulsões.” Assim explicou a doença ao público presente, a professora Maria Luiza Guedes Mesquita. Segundo ela, ideias de contaminação, dúvida e simetria fazem parte do quadro de quem sofre com o transtorno. “Aproximadamente 2,7% da população brasileira sofre de TOC, sendo o mesmo número de homens e mulheres”, disse.

A professora Adriana Lopes Nogueira informou que existem três formas de tratamento para essas pessoas. Por meio de remédios, normalmente, 60% dos pacientes melhoram; através de tratamento psicoterápico, que agride menos o paciente; e em situações extremas a psicocirurgia, que basicamente é uma cirurgia que irá fazer com que a pessoa seja receptível aos outros tratamentos. “A psicocirurgia ainda está em fase de estudos e para o paciente passar por ela vai ser avaliado antes por uma comissão de ética que irá aprovar a realização. Além de ter passado pelo menos seis meses tomando os medicamentos e ter realizado no mínimo 20 sessões de psicoterapia”, concluiu Adriana.

Outra saída para quem enfrenta o TOC, é procurar grupos de apoio. A integrante da mesa na discussão, Yara Garguzi, é coordenadora do grupo da Astoc (Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo Compulsivo) e explicou que diferentemente do trabalho realizado nos consultórios de psicologia, no grupo de apoio o paciente tem contato com histórias e pessoas que passaram por um problema semelhante e conseguiram se tratar. “O grupo de apoio não elimina a necessidade de se tratar de forma direta o problema, mas ele ajuda muito ao socializar o paciente.” Atualmente existem aproximadamente 800 grupos de apoio ao TOC em todo o Brasil e o trabalho é gratuito. “Os familiares das pessoas que tem o TOC também precisam de atenção, pois em alguns casos elas sofrem até mais do que quem vive a doença”, disse Yara.



Por Thiago Massuia, da Assessoria de Imprensa Facopp

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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