Aluno empenhado em ser cardiologista faz intercâmbio nos EUA
Após desistir da carreira militar, jovem ingressa na Medicina, se encanta com a pesquisa e quer ser professor

Desde a adolescência, Rodolfo Gomes Dias alimentava o sonho de ser policial militar. Mas em 2010, começou a mudar de opinião por influência de seu irmão Rafael, que estudava Medicina na Unoeste e o acompanhou no Hospital Regional de Presidente Prudente, quando se recuperava de ferimentos causados por um acidente de moto. Há três anos, trocou a academia pela universidade e assumiu outros sonhos que já ultrapassam suas reais expectativas, por incluir a obtenção de bolsas de estudo do governo federal para estudar 12 meses em Boston, a capital de Massachusetts, nos Estados Unidos. O que vê como grande ganho em seu empenho para ser cardiologista e na pretensão de fazer carreira acadêmica, estimulado pela iniciação científica.
Aos 22 anos de idade, Dias acumula experiências de vida devido ao fato de sua família ter morado em 16 cidades, antes de se radicar em Ilha Solteira, na região de Andradina, no interior paulista. Seu pai Valmir foi gerente das Casas Moreira, até se estabelecer com seu próprio supermercado, juntamente com a esposa Maria Aparecida e os dois filhos, sendo que o caçula nasceu em Paranavaí, no noroeste do Paraná. Em Ilha Solteira, Dias fez a educação básica em escola particular, com o ensino médio pelo sistema Objetivo, depois veio morar com o irmão – dois anos mais velho – em Prudente, para fazer cursinho. Em 2010, entre mais de 4 mil candidatos foi aprovado em 26º lugar entre os 60 selecionados para a Academia Militar Costa Verde, em Várzea Grande, no Mato Grosso do Sul, onde ficou janeiro e fevereiro de 2011.
Já estudando na Unoeste, em junho do ano passado, influenciado por dois amigos da cidade onde moram seus pais e que passaram uma temporada estudando nos Estados Unidos, Dias se inscreveu no programa Ciências sem Fronteiras (CSF). As etapas foram sendo cumpridas, incluindo o Test of English as a Foreign Language (Toefl), o teste de proficiência da língua inglesa, no qual obteve 467 pontos dos 437 que precisava; após seis meses de curso no CNA. Agora, dentro do programa de bolsa terá seis meses da língua inglesa nos Estados Unidos, para depois fazer cursos de ciclo básico na MCPHS University e estágio observacional em um ou mais de um dos quatro hospitais localizados nas imediações da universidade: Boston Children’s Hospital; Dana-Farber Cancer Institute; Brigham and Women’s Hospital; e Beth Israel Deaconess Medical Center.
Aluno do 7º termo, Dias conta que desde o início dos procedimentos pela obtenção da bolsa, ofertada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tem contado com o apoio da Unoeste, por intermédio da Assessoria de Relações Interinstitucionais, pela qual responde o Dr. Antonio Fluminhan Junior. Em seu entendimento, o fato de estar inserido em iniciação científica contribuiu para que obtivesse aprovação da bolsa. Um dos projetos do qual participa é o React/SBC – Registros Brasileiros Cardiovasculares, promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), no qual a Unoeste lidera com o maior número de pacientes recrutados. Os participantes da universidade são liderados pela médica Margaret Assad Cavalcante.
Dias viajará dia 13 de março, na condição de ser o primeiro aluno de Medicina da Unoeste a optar pelos Estados Unidos, dentre os contemplados pelo programa de bolsas sanduíches do governo federal. Os outros são Denise Franqui Belato, na Austrália; Giovani Arthur Barros Russo, na Irlanda; Lucas Henriques Ibanes, na Espanha; e Dario Tenório Tavares Neto, que já retornou da Holanda. O mais novo contemplado pelo Ciência sem Fronteiras manifesta-se eufórico com a oportunidade de estudos e estágio num centro de referência mundial em medicina, pela escola de ensino superior – Massachusetts College of Pharmacy and Health Sciences (MCPHS) – e pelos hospitais localizados na circunvizinhança.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste