Ciência sem Fronteiras realiza sonho de infância
Estudante de Sistemas de Informação sempre quis conhecer outros países e desde os 12 anos deseja viajar pelo mundo



João André Servino de Souza, acadêmico do bacharelado em Sistemas de Informação, ofertado pela Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp) da Unoeste, sonha em conhecer o mundo, desde os 12 anos de idade. A oportunidade de uma viagem internacional veio no segundo semestre de 2013, com financiamento do governo federal. Cumprida pouco mais de um terço dos estudos pelo sistema bolsa-sanduíche, o bolsista do programa Ciências sem Fronteiras (CsF) envia informações da Austrália e conta que “está tudo muito incrível”.
Estudando na University of Tecnology Sydney, ele conta que meses antes de ter sua inscrição homologada pelo programa, não tinha a mínima ideia de que poderia viver algum tempo em outro país. Dois meses antes da viagem em julho de 2013, os ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia ainda não tinham confirmado a bolsa. O visto de entrada na Austrália saiu quando faltavam apenas duas semanas para o embarque. “Foi o período mais estressante, conturbado e feliz da minha vida”, recorda-se.
O acadêmico comenta que conhecer outro país é algo que sempre sonhou desde criança. “Fiz um itinerário de viagem ao redor do mundo quando tinha 12 anos. Chegar aqui foi uma realização sem tamanho para os meus vinte e poucos anos. Posso dizer que a Austrália é um país incrível. Tenho a oportunidade de conhecer pessoas do mundo inteiro. Esta experiência acadêmica está mudando totalmente a minha perspectiva de onde quero atuar. Tudo é muito incrível”.
Souza tem uma história de vida e familiar que se insere no conceito de resiliência, transformando adversidades em oportunidades de transformações. Os parcos recursos financeiros não impediram o seu ingresso no ensino superior, onde os pais arcaram os custos estudantis até a obtenção de bolsa pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). O pai Geraldo José de Souza é pintor de paredes, a mãe Eunice Servino de Souza é diarista e a irmã Débora esteticista. “Eles sempre me apoiaram, desde o decorrer do curso até aqui. Mesmo quando pagar a faculdade parecia ser um desafio, nunca me pediram para desistir. Graças a essa confiança, participo deste intercâmbio”, conta.
A gratidão do jovem, que desde criança viveu em Presidente Prudente no bairro Parque da Cerejeiras, se estende para os professores das escolas onde obteve formação básica, bem como, os do ensino universitário e o assessor de Relações Interinstitucionais da Unoeste, Dr. Antonio Fluminhan Júnior. A maior parte do ensino básico fez na Escola Estadual Professora Maria Luiza Bastos. “Foi lá que passei minha infância, cresci e aprendi muito do que uso hoje com as aulas dos professores Dirce [Mitsuko Otsuka] de matemática, da Lúcia [Iara Nunes] de história e o Cícero [André de Castro Jardim) de inglês”, pontua.
O segundo e terceiro anos do ensino médio cursou na Escola Estadual Monsenhor Sarrion, de onde mantém vivas, as lembranças das aulas de matemática da professora Sônia Ishida. Ingressou na Unoeste em 2010. “A Fipp se tornou minha segunda casa e recebi muito apoio dos professores, mesmo antes desta viagem. Principalmente do Chico [Franscisco Assis da Silva] e do Quintilio [Robson] que sempre tiveram paciência comigo, me deram muita bronca, mas são professores que me mostraram que valia a pena essa empreitada”, diz.
“Meus amigos de curso também foram fundamentais. Sou amigo de sala do Andrios [Robert Silva Pereira] que está nos Estados Unidos, também pelo Ciência Sem Fronteiras e toda a nossa turma , que sempre foi muito unida, sempre apoiando. O professor Fluminhan também foi decisivo nisso tudo. Na correria do processo esteve sempre disposto e fez todo o possível para que isso se realizasse... Estudar por um período no exterior é uma felicidade não só para mim, mas para minha família também”, afirma.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste