Aluna de Medicina vivencia inovações médicas na Itália
Estágio de observação em Pisa permitiu vivências marcantes e contato com profissionais renomados em Ginecologia e Obstetrícia

O mês de julho foi de muito aprendizado para a estudante de Medicina da Unoeste, Victória Silva Loffler, que participou de um intercâmbio internacional na Universidade de Pisa (Unipi), na Itália. Reconhecida como uma das mais antigas instituições de ensino superior – fundada em 1343 –, a universidade abriga centros hospitalares com recursos de última geração, incluindo o avançado robô cirúrgico Da Vinci.
Realizado desde 2022, o intercâmbio é resultado de uma parceria acadêmica entre o professor doutor Vinicius Cestari, da Unoeste, e o professor doutor Tommaso Simoncini, da instituição italiana. Essa relação foi estabelecida após Cestari realizar seu pós-doutorado de dois anos na Unipi e, desde seu retorno, manter esse vínculo que possibilita oportunidades para estudantes.
O processo de ingresso também é conduzido por meio do professor Cestari, que realiza a seleção dos candidatos e encaminha os currículos para análise da Unipi. Havendo aprovação, a universidade italiana emite uma carta de aceite, autorizando o estudante a realizar um estágio de observação.
“Desde quando entrei na faculdade, ainda no primeiro termo, procurei saber sobre a internacionalização de estudantes. Foi quando eu descobri sobre a parceria. Passei por todos os processos de seleção e recebi a notícia do meu aceite seis meses antes de viajar”, comenta a aluna Victória, que está no terceiro termo.
Victória conta que, antes da viagem, aproveitou o tempo para se organizar financeiramente e se preparar, garantindo que pudesse aproveitar ao máximo sua experiência na Itália. Ela sonhava em conhecer o país, experimentar sua gastronomia e mergulhar na cultura local.
Durante 15 dias, Victória acompanhou de perto a rotina da instituição e dos profissionais que atuam no hospital. O cronograma foi estruturado de acordo com as atividades de médicas agendadas na instituição, permitindo à aluna observar e compreender a rotina de procedimentos.
Experiência enriquecedora
Victória chegou à Itália um dia antes do início do estágio e aproveitou para descansar, já que a viagem havia sido cansativa. Durante todo o período, a estudante ficou no setor de Ginecologia e Obstetrícia, foco principal do estágio, mas tinha acesso livre a todas as dependências do hospital.
“No primeiro dia, fui recebida pelos professores responsáveis e eles aproveitaram para me apresentar o hospital e a equipe. Já no segundo dia, pude conferir o cronograma de cirurgias da instituição e começar o estágio. Ia vendo quais atividades tinham no dia e me preparava para estar lá”, comenta.
Para ela, que nunca havia presenciado uma cirurgia, foi impressionante ver a maestria com que o professor operava, observando cada detalhe como aprendizado. Ao longo do estágio, Victória assistiu a diferentes tipos de procedimentos, como correção de prolapso uterino, retirada de útero e de ovário, além de cesarianas.
Outro momento marcante foi a oportunidade de observar a cirurgia robótica realizada com o auxílio do robô Da Vinci. Considerado um dos sistemas cirúrgicos mais avançados do mundo, o Da Vinci permite que o cirurgião controle braços robóticos, garantindo movimentos precisos e minimamente invasivos.
“Estava muito animada por ver a cirurgia robótica. Foi algo lindo, fora da realidade. Não imaginava como um robô operava, mas essa experiência de estar na sala de cirurgia foi algo surreal, trouxe muito aprendizado e tive a certeza que a medicina era realmente o que eu queria”, comentou.
Novas oportunidades
O professor doutor Vinicius Cestari afirma que é motivo de muito orgulho ver os alunos da Unoeste participando de intercâmbios e vivenciando a rotina ao lado de professores e médicos reconhecidos em suas áreas. “Eu falo que é como se um fã de basquete pudesse ficar uma semana acompanhando um time da NBA, assistindo de perto o Lebron James jogar”, brinca.
Para Victória, a experiência foi transformadora. “Me valeu muito. Voltei sabendo um pouco mais e, com certeza, voltaria”, afirma. Ela conta que, antes do estágio, nunca havia se interessado por Ginecologia, mas que a vivência do intercâmbio a fez repensar.
Ao acompanhar a rotina da área, observando de perto os preparativos, os procedimentos e o cuidado com os pacientes, Victória revelou que se encantou com a parte cirúrgica. “Ganhou meu coração por conta da experiência que eu tive”.
Os alunos que se interessarem em passar pelo processo seletivo e realizar o intercâmbio na Universidade de Pisa devem procurar o professor doutor Vinicius Cestari, que recomenda um período mínimo de duas semanas para possuir bom proveito.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste