Solos do oeste paulista são visualizados em exposição
Projeto desenvolvido pelo curso de Agronomia está disponível no hall de entrada do bloco B3, campus II da Unoeste



No oeste paulista existe vários tipos de solos que variam em aspectos como cor, textura e fertilidade, diferenças que interferem diretamente nas limitações e potencialidades de uso desse recurso. Para se ter ideia, o latossolo eutrófico, conhecido como terra roxa é indicado para a cultura da soja e da cana-de-açúcar; o gleissolo, popular terra de brejo, é recomendado para áreas de preservação permanente (APPs). Já o argissolo, que está presente em terrenos mais inclinados, tem como principal diferencial a variação de textura em profundidade e é suscetível ao surgimento de erosões. Características tão peculiares foram visualizadas em uma exposição promovida nesta quarta-feira (18), no hall de entrada do bloco B3, campus II da Unoeste. Idealizada por meio do projeto de extensão “Uso do monólito de solo para o ensino didático da pedologia”, a iniciativa foi desenvolvida pelo curso de Agronomia da universidade.
“Essa atividade é resultado de um trabalho realizado durante seis meses pelos acadêmicos do 2º termo da graduação, na disciplina Podologia e Classificação dos Solos”, explica o docente responsável pela matéria, Dr. Marcelo Rodrigo Alves. Ele comenta que divididos em 30 grupos, os estudantes pesquisaram a variedade existente no oeste paulista em um raio de até 150 km de Presidente Prudente, englobando cidades como Rancharia, Presidente Epitácio e Mirante do Paranapanema. “Depois de escolher um determinado local, os alunos abriram uma trincheira com cerca de dois metros de profundidade, onde coletaram as amostras de solos, denominadas por monólitos. Posteriormente, utilizaram referenciais teóricos para a classificação das coletas e confecção de banner explicativo que foram expostos junto com as amostras”, diz.
Alves destaca que o conhecimento do solo é a base para a agronomia. “É importante que esses futuros profissionais conheçam as tipologias predominantes da região em que estão inseridos”. Salienta que esse trabalho foi um desafio para os universitários, explorando o trabalho coletivo e as habilidades teóricas e práticas referentes ao assunto. “O resultado superou as expectativas. Espero que, futuramente, possamos divulgar essa iniciativa para outras graduações que estudam esse tema e, até mesmo, promover uma exposição itinerante que contemple desde crianças a idosos”.
O grupo de Gian Sardette foi até Regente Feijó (SP) para coletar amostras do gleissolo. “Esse tipo de solo é úmido, forte em germinação, mas fraco para o cultivo de grãos e outros alimentos. Percebemos ainda que ele pode ser utilizado em áreas de pastagens”, frisa. Acrescenta que esse projeto foi interessante, pois proporcionou uma visualização prática dos solos presentes na região. “Ações que nos despertam a curiosidade e nos levam para fora da sala de aula trazem um embasamento diferenciado”, conclui.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste