Experimento eleva em 276 kg a produção de soja por hectare
Fato é verificado em cultivo com aplicação de fósforo no sistema de sucessão em pastagem numa área degradada



A aplicação de fosfato em reimplantação de pastagem apresenta resultado positivo de produtividade. Experimento científico constata que economicamente pode se obter R$ 300 a mais por hectare, considerando a diferença de 276 kg entre o cultivo com e sem fosfatagem. Acréscimo que também representa maior lucro com relação à criação de gado em pastagem degradada.
O estudo sugere ao produtor rural a aplicação de fosfato na recuperação do pasto em sistema de sucessão capim e soja. A pesquisa conduzida pela engenheira agrônoma Luanda Torquato Feba, com a orientação do Dr. Edemar Moro, ocorreu na Fazenda Experimental da Unoeste, em Presidente Bernardes, de janeiro do ano passado a fevereiro deste ano.
O resultado tornou-se público na manhã desta quarta-feira (10), durante a defesa da dissertação, com os dados da pesquisa, junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG). O baixo teor de fósforo no solo motivou sua aplicação em maior quantidade; um pouco a mais, juntamente com a adubação convencional.
A área utilizada foi de 10 mil metros quadrados, dividida em quatro partes: 1- dessecamento do capim, 2- semeadura a lanço do capim, 3- plantio convencional do capim e 4- semeadura do capim e da soja. Em cada parte ocorreu o cultivo com e sem a adição de fósforo. Com a fosfatagem, a média de produtividade das partes foi de 250 kg por hectare. A sucessão capim e soja alcançou a maior produtividade: 276 kg.
Foi utilizado o capim Piatã (Brachiária brizantha) e soja da variedade TMG 1264. O produtor que se interessar em seguir a proposta do experimento tem duas opções, dependendo de sua capacidade de investimento, conforme Moro. Uma é fazer a ação corretiva colocando um pouco mais de fósforo nas linhas de cultivo da soja. Outra é fazer a aplicação antecipada do fósforo, o que fica mais caro.
O trabalho científico passou pela avaliação dos pesquisadores Carlos Sérgio Tiritan e Cristiano Sérgio Magalhães Pariz, convidado junto ao campus da Unesp em Botucatu. Luanda foi aprovada para receber o título de mestre em Agronomia. Toda a sequência de sua formação acadêmica em nível superior ocorre na Unoeste. O próximo passo será o doutorado, para o qual está fazendo o processo seletivo.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste