Contemplada pelo CsF opta por neurociência comportamental
Estudante de Medicina da Unoeste é aceita pela Monash University para intercâmbio de 12 meses na Austrália

A estudante da Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp) da Unoeste, Denise Franqui Belato, entra na lista dos contemplados da Unoeste pelo programa do governo federal Ciência sem Fronteiras (CsF). Já obteve o aceite da Monash University, em Melbourne, a capital do estado de Victoria, na Austrália. Sua opção é aproveitar a bolsa para estudar neurociência comportamental, além das línguas inglesa, francesa e alemã.
O plano da bolsista é se preparar para atuar profissionalmente em neurociência ou psiquiatria. “Escolhi quatro disciplinas por semestre. Irei estudar em departamentos diferentes, com turmas diferentes. Só isso já é muito significativo para meu interesse, do ponto de vista do relacionamento humano e da minha formação acadêmica. Assim, me preparo para ter condições de abordar meu futuro paciente por inteiro”, conta.
O fato de conseguir a bolsa é visto pela contemplada como grande lição de vida, que é sonhar, acreditar no sonho, ir atrás e ver a oportunidade surgir. “Não teria condições de pagar para estudar fora. Então, ir para a Austrália é algo que jamais imaginaria antes de surgir essa oportunidade na qual tenho amplo apoio da Unoeste, por meio do doutor Fluminhan [Antonio Fluminhan Júnior]”, diz.
O doutor Fluminhan é como um pai para nós. Eu e o Dario (Dario Tenório Tavares Neto), o colega da Medicina que vai para a Holanda. Ele é uma pessoa academicamente preparada, pronto para nos orientar. Trata a gente com muito carinho. Também nos ajudaram a abrir as portas o nosso diretor doutor Gabriel [Gabriel de Oliveira Lima Carapeba) e o coordenador doutor Michel [Michel Jorge Cecílio]”, agradece.
Por serem de Maringá (PR), a amizade dos dois estudantes recém- contemplados pelo CsF vem de longe. Denise motivou Neto para que viesse estudar na Unoeste. Agora, Neto estimulou Denise para tentar a bolsa de estudo no exterior. Ela é do 11º termo e ele do 5º, de tal forma que se encontram pouco. “Passo mais tempo no Hospital Regional, mas fui fazer uma aula no bloco B [campus I] e encontrei o Dario que me deu a dica e me animou”, relata.
Denise recebeu a ideia como uma loucura, por estar na reta final do curso e ter que retardar a formatura em um ano. Outra agravante era a de ter trancado matrícula por oito meses, por motivo de saúde. Ainda assim, o entendimento é de que tudo conspirava a seu favor. Se não tivesse o afastamento, teria avançado para mais de 90% do curso e isso a impediria de pleitear a bolsa, pela regra do CsF. “A vida me colocou na estrada, me abriu portas para o mundo. Estou indo para uma universidade que tem mais de 15 mil alunos internacionais”, comemora.
Seus pensamentos já estão lá na frente, na pós-graduação. Conta que, se tudo der certo, retornará em 2014 para concluir o curso na Unoeste e depois voltará ao exterior. Pretende o mestrado e doutorado, com os planos de manter seu consultório e lecionar. Revela que seus pais ficaram muito satisfeitos, o servidor público da Receita Federal, José Eugênio Benedetti Belato, e a bancária Vanda Faveri Franqui Belato, bem como o irmão caçula Gustavo.
Em escolas particulares, fez o fundamental em Maringá e Foz do Iguaçu, devido à mudança da família, em razão do emprego do pai. O ensino médio foi em Maringá. Seu sonho era ser antropóloga e ficou entre os suplentes no vestibular na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Mas, por sugestão do pai ingressou no cursinho preparatório para o vestibular em direito.
Porém, o encantamento com as aulas do professor de parapsicologia Marcelo Lima despertou o interesse pela área médica. Estudar na Unoeste foi consequência das boas referências sobre a instituição, inclusive por sua mãe que é fisioterapeuta formada pela segunda turma do Instituto Municipal de Ensino Superior de Presidente Prudente (Imespp), mais tarde encampado pela Unesp.
Sua família é toda do Paraná, com origem em São João do Caiuá e parte radicada em Maringá. Assim, não só sua mãe estuou em Prudente, mas sua tia Eliane Franqui Barbiero também fez fisioterapia, na mesma turma. “Elas queriam estudar em Cuiabá, mas meu avô não deixou, pois era muito distante. Agora, eu, que não conhecia a cidade e nem a universidade, estou aqui. A cidade e a Unoeste me surpreenderam positivamente, em especial pelos professores que temos”, afirma.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste