CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Pós torna-se inerente na formação da identidade profissional

Pela demanda da sociedade contemporânea a busca de conhecimento em nível superior não se restringe à graduação


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: João Paulo Barbosa Pós torna-se inerente na formação da identidade profissional
Barreto Filho mostrou que a pós-graduação é uma exigência de mercado
Foto: João Paulo Barbosa Pós torna-se inerente na formação da identidade profissional
Parte do público na palestra sobre construção da identidade profissional
Foto: João Paulo Barbosa Pós torna-se inerente na formação da identidade profissional
Dr. Barreto Filho entre as pró-reitoras Angelita Lima e Zizi Trevizan


Havia um tempo em que ter o ensino médio era o suficiente para uma boa colocação de trabalho. Com o passar dos anos, para estar na mesma condição, tornou-se necessário o ensino superior. Na mesma perspectiva de se colocar bem, a demanda da sociedade contemporânea faz com que a pós-graduação seja inerente à formação da identidade profissional. Nesse sentido, o Dr. Eneus Trindade Barreto Filho, livre docente da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), proferiu palestra no 18º Encontro Anual de Pesquisa Institucional e Iniciação Científica (Enapi), na tarde desta quarta-feira (23). Evento que integra o Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) da Unoeste.

Coordenador do Programa de Ciências da Comunicação da USP, presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores de Publicidade e publicitário graduado pela Universidade Federal de Pernambuco, Barreto Filho desenvolveu o pensamento do ensino superior como possibilidade de mercado, com a lógica de que tudo vai se transformando em mercadoria e se consolidando como marca. É assim que vê a graduação e a pós-graduação, com as instituições dentro de seus respectivos contextos. Para ele, a Unoeste está em consonância com a Unesp, no contexto regional.

Com olhar voltado ao diálogo interdisciplinar, entende que a produção do conhecimento científico deve estar ligada às outras áreas do saber. Quanto às duas dimensões da pós, entende que a lato sensu, concentrada nas especializações, oferece atualizações sobre novidades para o mercado, ao trabalho, à vida e ao social. A stricto sensu se sustenta na pesquisa, onde do mestrado para o doutorado presume-se a investigação de algo mais ousado, com pensamentos mais elaborados. Fez distinção entre os mestrados acadêmico e profissional, sendo este último de caráter mais técnico que científico.

Barreto Filho pautou-se no conceito de multi-indivíduo, das identidades dinâmicas e plurais da modernidade tardia, para sugerir o pensar dos currículos e perspectivas da pós-graduação nesse contexto de processos identitários complexos. Deslocamentos de indivíduos e o exercício de papéis sociais distintos fazem parte da discussão do perfil do estudante, mas especialmente da sua atuação como egresso e, em particular, da pós-graduação. Um difícil trabalho de monitoramento, mas que a universidade deve fazer para saber onde esse indivíduo está, o que está fazendo, como e quais são os resultados.

Em seu entendimento, aí está a identidade profissional e, ao mesmo tempo, a definição da marca da instituição. Para ilustrar sua explanação, utilizou-se de relatos de experiência da USP que tem a meta de se transformar em universidade de classe mundial, situando os programas de pós-graduação com notas 6 e 7, aprimorando sistemas de intercâmbio e readequando a infraestrutura para a internacionalização. A USP mantém 253 programas de pós-graduação e 18 mestrados profissionais instalados nos últimos três anos. São programas que atendem a todas as grandes áreas do conhecimento.

Passam de 6 mil professores titulares para atender mais de 25 mil alunos, dos quais 78% possuem menos de 35 anos de idade. Uma juventude que contribui com a produção científica do país, para a qual as públicas paulistas produzem mais de 50% de tudo que se faz no Brasil. “O grande número de jovens na USP mostra que a graduação já não apresenta mais uma formação suficiente”, pontuou. Com relação à produção científica e ao rastreamento dos egressos, apresentou vários dados estatísticos, com o apontamento de que 51% dos egressos da pós stricto sensu trabalham em instituições acadêmicas públicas e 22% nas privadas, 17% no setor privado e 10% no setor governamental.

Falando para estudantes e professores da Unoeste, que consistiu na maior parte do público no auditório Azaleia, Barreto Filho disse que essa universidade tem potencial cristalizado no cenário regional e sugeriu a expansão da pós-graduação, além das várias pós lato sensu e dos quatro mestrados e um doutorado que possui, utilizando grupos de pesquisa para dar origem às novas especializações e estas, por sua vez, motivarão outros mestrados e os doutorados serão consequências da produção científica de qualidade.

Ao fazer os agradecimentos finais, a pró-reitora da Pesquisa e Pós-graduação, Dra. Zizi Trevizan, disse que a reelaboração do Plano Pedagógico Institucional (PDI) da Unoeste oferece subsídios para estimulação da lato sensu nas graduações, incluindo a formação de grupos de pesquisas. Também apresenta propostas de mestrados, inclusive dos profissionais numa relação à continuidade dos estudos aos que fazem cursos de graduação com tais perfis. Para a Dra. Zizi, Barreto Filho ofereceu uma importante contribuição à Unoeste e ao debate do papel da pós-graduação na construção de identidade profissional. Também esteve presente a pró-reitora da Extensão e Ação Comunitária, Dra. Angelita Lima.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem