Festival valoriza a população afrodescendente de Prudente

Com ampla programação iniciada no dia 10 deste mês e que prossegue até o dia 30, o Madiba Festival de Arte, iniciado em 2017 e agora em sua segunda edição, tem 16 ações diferentes, parte delas com mais de uma atividade. A iniciativa do Movimento Madiba tem entre os parceiros a Unoeste, através da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp).
 
O coordenador do Movimento Madiba e presidente do Conselho Municipal da Igualdade Racial de Presidente Prudente (Comir) Renato Davi comenta que o festival é muito relevante para a cidade de quase 230 mil habitantes, cuja população afrodescendente é estimada em 70 mil, o que representa 30%. Para ele, o envolvimento da Unoeste valoriza o evento.
 
Davi comenta que a educação superior tem grande importância na luta contra a discriminação e o preconceito aos afrodescendentes, ao contribuir com a inclusão social em suas atividades de extensão, de pesquisa e de ensino, ao ensinar na Faclepp a história da cultura negra e ao receber negros em seus mais diferentes cursos. “A Unoeste é referência em educação superior”, pontua.
 
Na noite desta terça-feira (20), o Dia Nacional da Consciência Negra, atividades foram realizadas na universidade, no salão Torre de Cristal. Começou com a apresentação do Grupo Cia Mudança. Em seguida foi instalada sessão solene da Câmara Municipal para homenagens à cabelereira Fátima Nascimento, ao músico Aparecido Pereira Brito e ao rapper Diogo Silva dos Santos.
 
Encerrada a sessão pelo presidente Ênio Perrone, juntamente com os vereadores Alba Lucena Fernandes Gandia, Anderson Silva e Elza ‘do Gás’ Pereira, aconteceram apresentações de poema, números musicais por alunos do curso de Música da Unoeste, interpretações de canções do gênero hip hop e desfile de roupas em estilo afro masculino e feminino, incluindo acessórios.
 
Do dia 10 a 18 foram realizados dois atos religiosos, na Paróquia São Judas Tadeu e na Catedral de São Sebastião; leitura do ato da Semana Municipal da Consciência Negra, na Câmara Municipal; exposições de quadros de artistas negros e máscaras afro-brasileiras, capoeira, corte de cabelo, na praça 9 de Julho;  desfile de moda afro, no Calçadão da Maffei.
 

Foto: João Paulo Barbosa

Teve ainda graduação de capoeira do grupo Aroeira, no Ginásio Municipal de Esportes Watal Ishibashi; e desfile da beleza negra, no Espaço Real Grandeza. O 4º Seminário de Consciência Negra começou nesta terça-feira (20) e segue até sexta-feira (23). Nesta quarta-feira (21) ocorre o encontro religioso ecumênico, às 19h30 na sala de cinema do Centro Cultural Matarazzo.
 
Tem início nesta quinta-feira (22) e irá até sexta-feira (30) da próxima semana a exposição de artes afro-brasileira, no Poupatempo. No domingo (25) acontecerá o almoço afro-brasileiro, das 11h às 15h no salão de festas da Catedral São Sebastião. Na quinta-feira (29) da próxima semana, das 9h às 11h formação para coordenadores pedagógicos das escolas municipais, no Ceforpp, o centro de formação de professores.
 
O envolvimento da Unoeste acontece em projeto de extensão que envolve diretamente os cursos de Geografia, História e Pedagogia presencial e a distância, com a finalidade de proporcionar aos estudantes reflexão sobre a diversidade cultural, compreender a igualdade racial em conformidade com o Movimento Madiba que prega tratamentos iguais, independente da cor da pele, credo ou etnia.
 
No curso de História é realizada a Semana da Diversidade. As ações da Unoeste no festival envolvem a diretora da Faclepp, Maria Helena Mirante; os coordenadores Alba Lucena (História), Valter Trevisan (Música) e Danielle Santos (Pedagogia presencial e a distância). Na sessão solene a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) esteve representada pela assessora de secretaria Maria Helena Silvestre.