Novos policiais fazem treinamento com a Medicina Unoeste

Algumas pessoas discutindo, um tumulto com ofensas; a cena de um conflito que termina com um disparo e uma pessoa baleada. O impacto de realismo da simulação foi vista de perto pelos acadêmicos do 6º ano do curso de Medicina da Unoeste, que ofereceram capacitação aos futuros investigadores da Academia de Polícia Civil (Acadepol) de Presidente Prudente. Nesta terça-feira (27), os alunos aferiram a pressão dos novos agentes no Deinter 8. Na segunda (26), a ação foi no Laboratório de Habilidades e Simulação (LHabSim), no campus I, com treinamento sobre técnicas de desengasgamento e ressuscitação de pacientes em parada cardíaca.
 
A parceria entre a universidade e a Acadepol tem como finalidade a formação de profissionais prezando pela comunidade e pensando na preservação da vida. Por isso, para o delegado responsável pelo gerenciamento de crise na academia, Ricardo Dourado dos Santos, o “treinamento intenso e conhecimento doutrinado são fundamentais para futuros policiais e médicos lidarem com situações estressantes, que são comuns no dia a dia das profissões”, explica. Nesta terça (27), o foco foram as variáveis fisiológicas da hipertensão arterial, já na segunda (26), o aprendizado se atentou a manutenção da vida em casos de urgência.
 
Ariane Chiara Silva Oliveira, do 11º termo, compreende bem a importância da atividade. Ela usou os conhecimentos adquiridos na vida real, com um vizinho, que necessitou de manobras de ressuscitação. “A gente nunca sabe quando vai precisar”, conta. Por isso, a acadêmica que sonha se tornar clínica geral, estava mais do que preparada para demonstrar tudo sobre reanimação pulmonar com o uso do desfibrilador externo automático (DEA), e também desengasgamento adulto e infantil aos futuros policiais.

Foto: Gustavo Justino

 
Participaram 27 formandos da Acadepol, orientados por 20 acadêmicos de Medicina para o curso “Suporte básico de vida”, organizado pelos docentes Cristiano Hayoshi Choji, a Dra. Priscila Buosi Rodrigues Rigolin e a responsável pelo LHabSim, Milena Colonhese. “Com isso os policiais estarão ainda mais preparados para o atendimento à população. Os alunos aprofundam a parte prática e a ação, no geral, tem grande relevância social”, afirma Milena.
 
A venceslauense Cleonice Alves da Costa, 41 anos, sempre teve como grande objetivo se tornar investigadora de polícia. Foram anos trabalhando como agente penitenciária até a chegada a Acadepol. Tão próxima da realização, ela considera fundamental uma capacitação como esta. “Muitas vezes vamos lidar com gente desesperada, situações de emergência. É muito importante que a Unoeste esteja dando essa oportunidade, a estrutura é boa”, ressalta.
 
Araçatuba (SP) – No dia 27 de janeiro, quatro acadêmicos do curso de Medicina da Unoeste estiveram na Academia de Polícia do município para o “Treinamento de Reanimação Cardiorrespiratória”. A ação teve os mesmos moldes da atividade realizada em Presidente Prudente, um ponto positivo na visão do docente Cristiano Choji. “No estado de São Paulo todo, só a Unoeste faz essa parceria com a Acadepol. Todo policial formado na academia agora está habilitado em primeiros socorros com formação avançada”, destaca.