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Xarope natural ajuda combater doenças típicas do tempo seco

Alho, guaco, erva-doce, hortelã-pimenta e mil-folhas podem ser utilizadas na receita caseira; espécies são cultivadas no Horto de Plantas Medicinais da Unoeste


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Foto: Gabriela Oliveira Xarope natural ajuda combater doenças típicas do tempo seco
Erva-doce (Pimpinella anisum) é positivo no tratamento das enfermidades causadas pelo tempo seco

Estamos em uma época do ano marcada pelo tempo seco, provocado pela baixa umidade do ar e pouca quantidade de chuva. Essas características propiciam o desenvolvimento de doenças alérgicas, resfriados, processos gripais e até problemas pulmonares que requerem cuidados. “As plantas medicinais trazem resultados positivos no tratamento dessas enfermidades. Dentre as espécies recomendadas para o preparo de um xarope natural temos o alho (Allium sativum L.), o guaco (Mikania glomerata Sprengl), a anis ou erva-doce (Pimpinella anisum), a hortelã-pimenta (Mentha piperita L.) e a mil-folhas (Achillea millefolium L.), segundo Décio Gomes de Oliveira, docente do curso de Farmácia da Unoeste.

Doutor em ciências e tecnologia farmacêutica, ele explica que essas e outras espécies são cultivadas no Horto de Plantas Medicinais da universidade e a maioria consta na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (Renisus), elaborada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Esse documento garante à população o uso racional de diferentes formulações farmacêuticas de origem vegetal com segurança e resolutividade”, diz. Segundo Oliveira, as pessoas que cultivam plantas medicinais têm uma verdadeira farmácia em casa. “É importante alertar que, a diferença entre o medicamento e o veneno é a dose, por isso, deve-se buscar sempre a informação correta com profissionais que possuem especialização na área de plantas medicinais”.
 
Além das indicações para o tratamento de doenças causadas pelo tempo seco, o horto da Unoeste têm variedades que ajudam a combater o envelhecimento. Ana Claudia Pacheco, docente da graduação e pós em Agronomia da universidade, diz que o hibisco, fáfia, boldo, açafrão, amora, cavalinha e o maracujá medicinal são ricos em compostos fenólicos, que são substâncias com ação antioxidante. “Essa propriedade ajuda a diminuir o risco de doenças causadas pelo processo degenerativo das células como o câncer, diabetes e Alzheimer”.
 
Pesquisadora do Centro de Estudos em Ecofisiologia de Plantas do Oeste Paulista (Cevop), ela declara que, o hibisco (Hibiscus sabdariffa) está em evidência quando se fala em retardar o envelhecimento. “É importante que as pessoas não confundam com a espécie ornamental (Hibiscus rosa-sinensis). O hibisco medicinal possui o caule avermelhado e o cálice da flor que são as sépalas é rico em antocianinas e outros compostos fenólicos”.
 
Pedro Veridiano Baldotto, docente do curso de Agronomia da Unoeste, revela que o Horto de Plantas Medicinais existe há cerca de sete anos. “Esse espaço é 100% orgânico e possui uma coleção de 65 espécies que podem ser utilizadas para várias enfermidades como dor de cabeça, gripe, azia, gastrite, anemia e problemas renais”. O professor comenta também que, o local possui a ora-pra-nóbis (Pereskia aculeata). “Conhecida também como carne-de-pobre, ela tem uma grande quantidade de proteína, ferro, além das vitaminas A e C”, pontua.
 
Ensino, pesquisa e extensão – O Horto de Plantas Medicinais contempla a tríade da universidade. “No ensino, esse espaço atua como apoio didático para a Agronomia e Farmácia que são graduações que possuem na grade curricular abordagens sobre plantas medicinais”, diz Ana Claudia.
 
O professor Dr. Décio Gomes de Oliveira ministra a disciplina Farmacobotânica para os futuros farmacêuticos. “Preparamos os estudantes para que reconheçam as espécies vegetais pela sua anatomia e morfologia, permitindo a construção de novos conhecimentos balizados em saberes populares e tradicionais. Isto é, comprovar cientificamente as formas farmacêuticas usadas por diferentes populações. Neste contexto, vale lembrar da importância de se fomentar pesquisas na área de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no âmbito da Assistência e Atenção Farmacêutica em atendimento as necessidades do Sistema Único de Saúde, segundo o que consta no Programa Nacional de Pesquisa com Plantas Medicinais”, esclarece.
 
Falando-se ainda do desenvolvimento de pesquisas científicas, Ana Claudia acrescenta que, a coleção botânica do horto funciona como um banco de germoplasma. “Esse recurso também serve para a conservação genética dessas plantas medicinais. Já na extensão, esse local é aberto para a visitação da comunidade que pode conhecer toda a variedade de espécies. Além disso, a universidade produz mudas que são distribuídas gratuitamente para a população em ações externas de prestação de serviço”, conclui.

Foto: Gabriela Oliveira
 

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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