Unoeste em Jaú obtém bolsa de iniciação científica da Fapesp

O campus da Unoeste em Jaú comemora a 1ª conquista de bolsa de iniciação científica junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A bolsa foi obtida para o projeto científico “Identificação de imunomarcadores em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas submetidos à imunoterapia de checkpoint”, conduzido pela professora Dra. Graziela Romagnoli Castilho junto ao aluno do curso de Medicina, Daniel Domarco Rosella.

A coorientação é do Dr. Robson Francisco Carvalho, do Instituto de Biociências de Botucatu, no campus da Unesp. Tem ainda a colaboração da Dra. Fernanda Pataro Marsola Razera e o apoio da coordenação do curso de Medicina do campus de Jaú, através do Dr. José de Oliveira Costa Filho. Conforme a Dra. Graziela, o câncer de pulmão é a principal causa de morte por neoplasias e o segundo mais incidente e dentre os tipos de câncer de pulmão, o mais incidente é o de células não pequenas.

Ideia central 

“Apesar dos tratamentos convencionais como a quimioterapia, a taxa de sobrevida relativa dos pacientes ainda é de cinco anos. Além disso, em muitos pacientes vemos o sistema imunológico sendo subvertido e trabalhando a favor do crescimento tumoral. Entretanto, hoje temos outra forma de tratamento: a imunoterapia com anticorpos monoclonais, que atua contra alvos específicos, devolvendo a atividade antitumoral às células imunológicas, em especial, os linfócitos T citotóxicos”, explica.

Diz ainda que tais células conseguem matar a célula tumoral, aumentando a sobrevida dos pacientes, além de tornar os efeitos colaterais mais amenos. “Assim, a ideia central do projeto é identificar possíveis imunomarcadores (moléculas envolvidas na resposta antitumoral), por bioinformática (análise in silico), nos linfócitos T citotóxicos de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas tratados com anticorpo monoclonal contra a molécula de checkpoint PD-1”, conta.

Gerando benefícios 

O benefício científico do projeto está na identificação desses imunomarcadores que irá contribuir para a análise da eficácia terapêutica, auxiliando na interpretação dos pacientes bons respondedores ao tratamento, mas também para tentar justificar a falha em outros que não respondem. O benefício social estão nos resultados que poderão auxiliar na compreensão da presença ou ausência de eficácia terapêutica nos pacientes submetidos à imunoterapia.

O benefício acadêmico é visto como decorrência da excelente oportunidade ao aluno de graduação em compreender a importância do desenvolvimento da pesquisa para amplificação do conhecimento científico em geral e também para sua formação acadêmica, uma vez, que a faculdade é constituída pelo tripé ensino, pesquisa e extensão. “Além disso, o recebimento financeiro de uma bolsa incentiva a participação em congressos científicos para divulgação de seus resultados”, pontua. 

Perfil da orientadora

A bolsa é de 12 meses. A Dra. Graziela é graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestre em Patologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) campus da Unesp e doutora em Imunologia pela Universidade de São Paulo (USP). Possui dois pós-doutorados, no Laboratório de Imunologia de Tumores do Instituto de Biociências da Unesp em Botucatu e no Programa de Pós-Graduação em Patologia da FMB-Unesp.

Durante o período de pós-graduação e pós-doutorado atuou nos temas imunologia celular, imunoterapia antitumoral, quimio modulação, células dendríticas e nanovesículas.  Também lecionou as disciplinas de Imunologia aos cursos de Nutrição e Medicina da Unesp durante o pós-doutoramento. Em 2020 foi contratada pela Unoeste, no campus de Jaú para lecionar junto ao curso de Medicina as matérias de Imunologia do 4° Termo e de Bases Patológicas III do 5° Termo. Em 2022 também passou a lecionar Imunologia do curso de Fisioterapia no mesmo campus.

Foto: Cedida