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Estudo sugere incluir triagem sorológica em doação de sangue

O acréscimo seria um filtro que ajudaria detectar doadores portadores assintomáticos de leishmaniose


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Foto: Homéro Ferreira Estudo sugere incluir triagem sorológica em doação de sangue
João Guilherme Araújo Matarazzo: aprovado para receber o título de Mestre em Ciências da Saúde

Ao avaliar a associação de infecção assintomática por leishmaniose e o conhecimento sobre a doença em doadores de sangue de um hemocentro do oeste paulista, estudo sugere incluir tiragem sorológica como filtro para detectar a doença. A pesquisa científica foi desenvolvida no Programa de Mestrado em Ciências da Saúde, com a dissertação levada à defesa pública na tarde dessa quinta-feira (14) junto ao Programa de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), instalado no campus 2 da Unoeste em Presidente Prudente.

O estudo foi conduzido pelo biomédico João Guilherme Araújo Matarazzo, com a orientação da Dra. Eliana Peresi Lordelo e coorientação da Dra. Thais Batista de Carvalho. O trabalho foi avaliado pela examinadora interna Dra. Elaine Negri e a externa Dr. Simoni Baldini Lucheis que enalteceram a qualidade da pesquisa e da dissertação, para dizer que se trata de importante contribuição social na área da saúde. O autor levou em consideração a incidência da doença que acomete entre 700 mil e 1 milhão de pessoas por ano em 90 países.

Portador assintomático 

Considerou ainda que o Brasil representa 93,5% de casos de leishmaniose visceral nas Américas, conforme dados de 2021. Dados que atestam a importância da ciência continuar produzindo conhecimentos para combater a doença que tem 20 espécies de protozoários do gênero Leishmania e 90 espécies de flebomíneos, que são mosquitos que se alimentam de sangue e são vetores da leishmaniose que pode ser tegumentar/cutânea (feridas na pele), mucosa cutânea (feridas na boca, nariz...) e visceral que é a mais letal e menos perceptiva.

A pouca percepção decorre de sintomas que podem ser confundidos com os de outras doenças, dentre os quais estão perda de peso, cansaço, febre e a anemia que é o mais silencioso de todos. Então, pode ocorrer do portador assintomático ir doar sangue sem saber que está acometido pela doença. E tem uma agravante: mais da metade das pessoas sabem, mas não conhecem a doença; de acordo com o resultado do questionário utilizado na pesquisa.

Foto: Homéro Ferreira Dra. Elaine Negri, Dra. Thais Carvalho, Dra. Simoni Baldini (vídeo). João Guilherme e Dra. Eliana Lordelo
Dra. Elaine Negri, Dra. Thais Carvalho, Dra. Simoni Baldini (vídeo). João Guilherme e Dra. Eliana Lordelo

Caráter interinstitucional 

Do universo de 164 dos doadores de sangue respondentes, o estudo apontou que os doadores têm conhecimento limitado da doença, o que aumenta o risco de exposição (transmissão) e de reservatório (portador), daí a necessidade de que as campanhas sejam mais esclarecedoras e de novos estudos para entendimento mais abrangente. A produção da pesquisa teve caráter interinstitucional, com a análise de amostras na universidade em Botucatu, com o apoio do Dr. Diego Peres Alonso e Dr. Paulo Eduardo Martins Ribolla.

Com o título “Prevalência da infecção assintomática por Leishmania infantun em doadores de sangue do oeste paulista e sua associação com o conhecimento sobre a doença”, o amplo estudo dentro de um universo complexo foi motivo de elogios das avaliadoras da Unoeste e da Unesp em Botucatu, convidada externa e com participação on-line. João Guilherme foi aprovado para receber o título de mestre em Ciências da Saúde, sendo que sua orientadora creditou a conquista à dedicação e responsabilidade; o que foi reforçado pela coorientadora Dra. Thais ao dizer que a titulação é o mérito de tudo o orientado fez.

 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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